Poema: voz e palavra
Resumo
Trata-se de pensar o poema, na esteira de Paul Zumthor, como partitura a ser vocalizada, encenada, de modo a fazer da escrita voz. Isso implica um outro tipo de escrita que Zumthor denomina caligráfica, não no sentido de Appolinaire exatamente, mas como uma escrita que fala ao corpo todo: visão, audição, imaginação e reflexão a um só tempo. O ritmo, os cortes dos versos, os enjambements , aliados às imagens são a respiração e a pulsação do poema como presença e não-representação que é preciso perceber e processar, mesmo na leitura silenciosa, que é mais performance, no aqui e agora do ato perceptivo, do que interpretação intelectiva. Estudiosos do poético como Valéry, Alain Badiou , Agamben e Paul Zumthor fornecerão chaves teóricas preciosas para esta reflexão, bem como poetas-críticos como é o caso de Marcos Siscar.
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