Letramento crítico nas aulas de língua portuguesa: discutindo processos de construção de sentidos / Critical literacy in Portuguese classes: discussing meaning making processes
Resumo
Letramento crítico nas aulas de língua portuguesa: discutindo processos de construção de sentidos
RESUMO: A perspectiva dos letramentos críticos tem se mostrado uma vertente teórica emergente tanto no âmbito nacional quanto internacional A partir dessa corrente teórica, o ensino de línguas busca redimensionar as possibilidades de ampliação de perspectivas de interpretação e posicionamentos na sala de aula. Essa visão se fundamenta a partir de práticas voltadas para a produção de sentidos e valorização das percepções do leitor que interage com diferentes modalidades de linguagem presentes nas práticas sociais medidas pela linguagem. Nesse raciocínio, o presente artigo busca discutir aspectos de letramento crítico que emergiram durante o processo de interação e negociação de sentidos de textos nas aulas de leitura no nono ano do ensino fundamental de língua portuguesa. Os dados gerados partem de uma pesquisa qualitativa com características da epistemologia da emergência e de caráter interpretativo. As discussões se pautarão em teóricos como Duboc (2012, 2015a, 2015b), Monte Mór (2013), Menezes de Souza (2011), Rocha e Maciel (2015), Maciel e Takaki (2015), Janks (2016), entre outros.
PALAVRAS-CHAVE: Letramento Crítico. Construção de sentido. Leitura. Linguagens.
Critical literacy in Portuguese classes: discussing meaning making processes
ABSTRACT: The perspective of critical literacy has represented as an emerging theoretical framework both nationally and international From this theoretical current, the teaching of languages seeks to resize the possibilities of broadening the perspectives of interpretation and positioning in the classroom. This vision relies on practices that aimed at producing meaning and valuing the perceptions of the reader that interacts with different modalities of language present in the social practices mediated by language. In this reasoning, this article seeks to discuss aspects of critical literacy that emerged during the process of interaction and negotiation of meanings of texts in reading classes in the ninth year of elementary education in Portuguese. The data generated starts from a qualitative research with characteristics of the epistemology of the emergency and of interpretative character. The discussions will be based on theorists such as Duboc (2012, 2015a, 2015b), Monte Mór (2013), Menezes de Souza (2011), Rocha and Maciel (2015), Maciel and Takaki (2015), Janks (2016), among others.
KEYWORDS: Critical literacy. Meaning making. Reading. Languages.
Letramiento crítico en las clases de lengua portuguesa: discutiendo procesos de construcción de sentidos
RESUMEN: La perspectiva de los literales críticos se ha mostrado una vertiente teórica emergente tanto en el ámbito nacional como en el de internacional. A partir de esta corriente teórica, la enseñanza de lenguas busca redimensionar las posibilidades de ampliación de perspectivas de interpretación y posicionamientos en el aula. Esta visión se fundamenta a partir de prácticas orientadas hacia la producción de sentidos y valorización de las percepciones del lector que interactúa con diferentes modalidades de lenguaje presentes en las prácticas sociales medidas por el lenguaje. En este razonamiento, este artículo discute aspectos de la alfabetización crítica que han surgido durante el proceso de interacción y negociación de significados de los textos en la lectura de las clases en el noveno grado de la escuela primaria del portugués. Los datos generados parten de una investigación cualitativa con características de la epistemología de la emergencia y de carácter interpretativo. Las discusiones se guiarán en teóricos como Duboc (2012, 2015a, 2015b), Monte Mór (2013), Menezes de Souza (2011), Rocha y Maciel (2015), Maciel y Takaki (2015), Janks (2016), entre otros.
PALABRAS CLAVE: Lector Crítico. Construcción de sentido. La lectura. Idiomas.
Texto completo:
PDF - P. 280-297Referências
REFERÊNCIAS
BARBOSA, L. V. Multiletramentos críticos e construção de sentidos em textos multimodais nas aulas de Língua Portuguesa, 2018. 125 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Campo Grande/MS, 2018.
BRAGA, D.B. Ambientes digitais: reflexões teóricas e práticas. São Paulo: Cortez, 2013.
BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Línguas Estrangeiras. In: Linguagens, Códigos e Tecnologias. Brasília: MEC, 2006. Disponível em: https://goo.gl/hwVFNi. Acesso em: janeiro 2017.
COPE, B.; KALANTZIS, M. (Eds.) Multiliteracies: Literacy Learning and the Design of Social Futures. Routlege: London, 2000.
COPE, B.; KALANTZIS, M. Multiletramentos e mudanças sociais. In: JESUS, D. M.; CARBONIERI, D. (Orgs.). Práticas de multiletramentos e letramento crítico: outros sentidos para a sala de aula de línguas. Campinas: Pontes, 2016. p. 7-12.
DIONÍSIO, Angela P.; VASCONCELOS, Leila J.; SOUZA, Maria M. de. (orgs.). Multimodalidades e leituras: funcionamento cognitivo, recursos semióticos, convenções visuais. Recife: Pipa Comunicação, 2014.
DUBOC, A. P. M. Atitude curricular: Letramentos críticos nas brechas da formação de professores de inglês. 2012. 258f. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, 2012.
DUBOC, A. P. Letramento crítico nas brechas da sala de línguas estrangeiras. In: TAKAKI, N H.; MACIEL, R. F (Orgs.). Letramentos em terra de Paulo Freire. Campinas: Pontes, 2015a. p. 209-229.
DUBOC, A. P. Avaliação da aprendizagem de línguas e os multiletramentos. In: Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 26, n. 63, p. 664-687, set./dez. 2015b.
FREIRE, P. Pedagogia da Tolerância. São Paulo: Editora Unesp, 2005.
JANKS, H. Panorama sobre letramento crítico. In: JESUS, D. M.; CARBONIERI, D. (Orgs.). Práticas de multiletramentos e letramento crítico: outros sentidos para a sala de aula de línguas. Campinas: Pontes, 2016. p. 21-39.
KRESS, G.; VAN LEEUWEN, T. Reading Images: The Grammar of Visual Design. Londres: Routledge. 2006[1996].
MACIEL, R. F. “Eu sei o que é bom pra você!” A lógica da emancipação revisitada e a formação de professores. In: ZACCHI, V. J.; STELLA, P. R. (Orgs.). Novos letramentos, formação de professores e ensino de língua inglesa. Maceió: EDUFAL, 2014. p. 247-268.
MACIEL, R. F.; ONO, F. T. P. Desaprendendo para aprender: questionamento sobre e para a formação docente. In: SANTOS, L. I. S.; MACIEL, R. F.; FORTILLI, S. C. (Orgs.). Formação docente e ensino de Língua Portuguesa: resultado e perspectivas do/no Profletras – Região Centro-Oeste. Cáceres/MT: UNEMAT, 2017. p. 7-10.
MACIEL, R.; TAKAKI, N. Novos letramentos pelos memes: muito além do ensino de línguas. In: JESUS, D.; MACIEL, R. (Orgs). Olhares Sobre Tecnologias Digitais: Linguagens, Ensino, Formação e Prática Docente. Campinas: Pontes, 2015. p. 53-82.
MENEZES DE SOUZA, L. M. T. Para uma redefinição de Letramento Crítico: conflito e produção de Significação. In: MACIEL, R. F.; ARAUJO, V. de A. (Orgs.) Formação de professores de línguas: ampliando perspectivas. Jundiaí: Paco editorial, 2011. p. 128-140.
MONTE MÓR, W. Crítica e Letramentos Críticos: Reflexões Preliminares. In: ROCHA, H. R.; MACIEL, R. F. (Orgs.). Língua Estrangeira e Formação Cidadã: Por entre Discursos e Práticas. Campinas: Pontes, 2013. p. 31-50.
ROCHA, H. R.; MACIEL, R. F. Língua estrangeira, formação cidadã e tecnologia: ensino e pesquisa como participação democrática. In: ROCHA, H. R.; MACIEL, R. F. (Orgs). Língua Estrangeira e Formação Cidadã: Por entre Discursos e Práticas. Campinas: Pontes, 2015. p. 13-29.
ROJO, R. Pedagogia dos multiletramentos. In: ROJO, R; MOURA, E. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola. 2012. p. 11-31.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2018 Guavira Letras (PPG-Letras) - ISSN 1980-1858